Punção Aspirativa da Tireóide

A PAAF (Punção aspirativa por agulha fina) ou simplesmente Punção da tireoide é o exame mais eficiente para determinar a natureza de tumores da tireoide: isto é, se são benignos ou malignos.

Além de ser um procedimento simples e rápido, apresenta um altíssimo nível de sensibilidade (que chega a ser de 90%), garantindo diagnósticos extremamente eficientes.

Trata-se de um procedimento que remove uma pequena amostra de tecido da glândula tireoide, sendo removido por meio de uma agulha e a amostra é enviada para análise laboratorial. Acompanhe mais a seguir.

Como é feita a Punção da tireoide?

Como o próprio nome diz, a punção aspirativa por agulha fina da tireoide se utiliza de uma agulha muito fina para coletar material orgânico dos nódulos identificados na tireoide. A utilização da sonda de ultrassom associada à agulha, auxilia na precisão do procedimento e é fortemente recomendada que seja sempre utilizada durante o procedimento.

Com o paciente deitado, a inserção da agulha no nódulo é feita pelo médico e, por meio de alguns movimentos de vai-e-vem da agulha, o material (líquido ou sólido) é coletado, disposto em uma lâmina que será entregue ao paciente e levada à análise laboratorial.

Depois do procedimento, faz-se um curativo na área da punção. Terminado o procedimento, o paciente poderá voltar à realizar suas atividades cotidianas normalmente, sem quaisquer restrições.

Quando a punção da tireoide é recomendada?

A Punção da tireoide (PAAF) é recomendada apenas para alguns tipos de nódulos da tireoide. São eles:

  • Nódulos iguais ou maiores que 1 cm, sólidos ou não sólidos, com microcalcificações.
  • Nódulos maiores que 0,5 cm com características de malignidade ao ultrassom.
  • Nódulos mistos com características de malignidade ao ultrassom.
  • Nódulos que apresentem um aumento de 50% em seu volume durante a fase de acompanhamento.
  • Os nódulos totalmente líquidos não necessitam da PAAF para o diagnóstico, uma vez que são sempre benignos. 
  • Porém, ela pode ser utilizada para o esvaziamento desses nódulos e melhora dos sintomas associados.
O exame Punção da tireoide dói?

Essa percepção varia de paciente para paciente; o que podemos antecipar é que, em geral, o exame pode causar um desconforto leve somente no momento em que é realizado, sem demandar qualquer tipo de preocupação.

O profissional responsável pelo procedimento estará monitorando seu exame para garantir que você não passe por desconfortos desnecessários.

Em alguns casos pontuais, a aplicação de anestesia local é permitida. Isso pode ser ou a pedido do paciente ou médico ou até mesmo devido à necessidade de se realizar a punção em mais de um nódulo.

Quanto tempo demora o exame?

A punção da tireoide é um exame rápido que costuma durar poucos minutos até que seja concluído. Por isso, apresenta excelente diagnóstico com o mínimo de desconforto para o paciente.

Como esses resultados são avaliados?

Os resultados da PAAF são avaliados laboratorialmente e classificados dentro do Sistema Bethesda. Esse sistema classifica os tumores de tireoide entre I e VI, indicando aos profissionais de saúde qual a medida a ser tomada em seguida.

A classificação I se refere a uma punção da tireoide que foi inconclusiva sobre os resultados, isto é, precisa ser repetida. Existe uma margem que varia de 2 a 20% dos casos em que uma repetição da punção precisa ser feita.

A classificação II se refere a um tumor benigno e a VI, a um tumor maligno. Acompanhe o vídeo abaixo para conhecer mais sobre o exame e o sistema de Bethesda.

Qual a possibilidade de ser câncer?

Uma das coisas que mais preocupa os pacientes ao se deparar com um nódulo na tireoide é a possibilidade de se tratar de uma manifestação de câncer.

Porém, é importante ressaltar que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estima-se que 60% da população terá alguma ocorrência de nódulo na tireoide durante a vida. Porém, dessas estatísticas, apenas 5% dos casos concretiza um caso de câncer.

Os nódulos da tireoide costumam, estatisticamente, ser cancerígenos em oito a cada 100 homens e em quatro a cada 100 mulheres.

Perceber um nódulo em qualquer parte do corpo nunca é uma experiência tão tranquila: existem muitos receios sobre procedimentos e diagnósticos, bem como o medo de um diagnóstico não desejado.